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Rio de 400 Janeiros
Jean de Léry que aqui estêve nos tempos de Villegainon e foi o primeiro que se ocupou com a música da terra carioca, conta, num livro publicada em França, em 1557, que durante duas horas, ouviu seiscentos índios cantando afinados e com tanta arte que o deixaram entusiasmado.
Depois, com os portuguêses, vieram as violas. E com as violas o amor, o ciúme e a saudade.
Da Africa chegaram os negros. E com êles todo um instrumental típico que se fixou nos nossos usos e costumes. De tudo isto se pode dizer que a História do Rio de Janeiro caminha através de lundús, fados, chôros, modinhas, maxixes, sambas, numa rapsódia de sentimentos, esperanças e ambições.
O jeito encontrado para apresentar, num show, a História do Rio de Janeiro foi contá-la não através de estórias mas atraves de canções.
As palavras de Estácio de Sá dirigindo-se ao Rei Dom Manuel, em 1565, parecem escritas para serem ditas com música; - “assim te vejo, ó cidade, raínha do nosso Empório e das Riquezas do Mundo”.
Alguns anos depois, o Rio de Janeiro já era um cancioneiro vivo. Cantou o povo quando a cidade foi elevado á categoria de capital do reino do Brasil. Vibrou, em hinos triunfais, com a chegada da côrte, da Rainha Dona Maria e do Príncipe Regente. Nos tempos do I.° Império cantou com malícia os lundús que imortalizaram uma era de galanteria e de amor. Das europas veio a valsa que, de nobre, se aburguezou e depois se amorenou virando valsa de esquina. E vieram os hinos da liberdade. E veio a República. Veio o sêculo XX.
E foi de aí, de todo êsse passado de ritmos e de melodias, que nasceu, em côres, em figuras, em luz, numa hora espetáculo, esta epopéia de uma cidade que tem por título Rio de 400 janeiros.
Depois, com os portuguêses, vieram as violas. E com as violas o amor, o ciúme e a saudade.
Da Africa chegaram os negros. E com êles todo um instrumental típico que se fixou nos nossos usos e costumes. De tudo isto se pode dizer que a História do Rio de Janeiro caminha através de lundús, fados, chôros, modinhas, maxixes, sambas, numa rapsódia de sentimentos, esperanças e ambições.
O jeito encontrado para apresentar, num show, a História do Rio de Janeiro foi contá-la não através de estórias mas atraves de canções.
As palavras de Estácio de Sá dirigindo-se ao Rei Dom Manuel, em 1565, parecem escritas para serem ditas com música; - “assim te vejo, ó cidade, raínha do nosso Empório e das Riquezas do Mundo”.
Alguns anos depois, o Rio de Janeiro já era um cancioneiro vivo. Cantou o povo quando a cidade foi elevado á categoria de capital do reino do Brasil. Vibrou, em hinos triunfais, com a chegada da côrte, da Rainha Dona Maria e do Príncipe Regente. Nos tempos do I.° Império cantou com malícia os lundús que imortalizaram uma era de galanteria e de amor. Das europas veio a valsa que, de nobre, se aburguezou e depois se amorenou virando valsa de esquina. E vieram os hinos da liberdade. E veio a República. Veio o sêculo XX.
E foi de aí, de todo êsse passado de ritmos e de melodias, que nasceu, em côres, em figuras, em luz, numa hora espetáculo, esta epopéia de uma cidade que tem por título Rio de 400 janeiros.
Janeiro de 1965
(Texto da contracapa do disco).
Este album foi originalmente postado no Loronix em 12 de dezembro 2006.
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Hello, Good Night! This LP is the original soundtrack of a Musical number directed by Carlos Machado and performed in 1965 at The Golden Room of Copacabana Palace Hotel in Rio de Janeiro. Correct me if I’m wrong, but LPs from the 60′s with OST are not common, which makes this a wonderful pick.
This is Lindolfo Gaya – Carlos Machado Apresenta, Rio de 400 Janeiros (1965), for Elenco. The last Os Cariocas release, Rio de Quatrocentas Bossas is in the same “spirit” of this one, the celebration of the 400 anniversary of Rio de Janeiro. I’m not sure how hard to find is this LP, but it is one of the most classy and produced Elenco release, beautiful cover artwork with a painting of an early Rio de Janeiro by Rugendas. Front cover and back cover are included in HI-RES. Special attention for the last track, Cidade Maravilhosa, it is the hymn of Rio de Janeiro City.
Tracks include:
01 – “Bossa Nova” — Garota de Ipanema (Tom Jobim / Vinicius de Moraes) — Blues Walk (C. Brown)
02 – Maxixe (Lindolfo Gaya)
03 – Samba do Avião (Tom Jobim)
04 – “Medlley Carmen Miranda” — O Que É Que a Baiana Tem (Dorival Caymmi) — Taí (Joubert de Carvalho) — Diz Que Tem (Vicente Paiva / Haníbal Cruz) — Good Bye Boy (Assis Valente)
05 – Valsa Debret (Lindolfo Gaya)
06 – Rio (Ary Barroso)
07 – Praça do Século XVII (Lindolfo Gaya / Chianca de Garcia)
08 – “Escola de Samba” — Tiradentes (Estanislau Silva / Décio Carlos / Penteado) — Chica da Silva (Anescar do Salgueiro / Noel Rosa de Oliveira) — Lá Vem Portela (Billy Blanco) — Exaltação à Mangueira (Enéas Brites da Silva / Aloísio Augusto da Costa)
09 – Polka (Lindolfo Gaya)
10 – Calendário (Vicente Paiva / Chianca de Garcia)
11 – Seresta Imperial (Lindolfo Gaya / Chianca de Garcia)
12 – Cidade Maravilhosa (André Filho)
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