Ontem falamos do Lost Tape.
Hoje vamos mostrar o disco secreto de Tom Jobim.
.
Hoje temos um misterioso LP que Tom dizia ter gravado como violonista em Los Angeles em meados dos anos 60, como acompanhante do pianista de jazz Jack Wilson, no qual, em vez de ser apresentado como a estrela do disco, ele aparecia nos créditos com o pseudônimo de Tony Brazil. O próprio Tom gostava de contar a história, sem fornecer maiores detalhes sobre o disco, mas dava a entender que essa tinha sido uma das agruras de seus primeiros tempos nos EUA.
Seja como for, seu LP com Jack Wilson continuava fora das discografias porque ninguém parecia saber o título, o nome da gravadora ou quem mais tocava nele. Mas, no inicio do ano 2000, um implacável pesquisador paulistano da bossa nova, Sérgio Ximenes, matou a charada.
Com a ajuda da americana Barbara Major , cujo site http://members.xoom.com/bjbear71/wanderley/main.html é dedicado - como o nome indica - ao organista e arranjador brasileiro Walter Wanderley (1932-1986).
Barbara pôs Ximenes em contato com um pesquisador de Mancini, Mike Newcomb, que trabalha para a Nasa no projeto Challenger.
E Newcomb, claro, tinha o disco: Brazilian Mancini, gravado em 1965 pelo obscuro selo Vault, de Los Angeles. Era Mancini em bossa nova e os músicos incluíam Jack Wilson ao piano, Roy Ayers ao vibrafone, os brasileiros Sebastião (Tião) Neto ao contrabaixo e Chico Batera à bateria - e, como "artista convidado especial", segundo a capa, um desconhecido Tony Brazil ao violão. A surpresa maior foi a de Newcomb, ao saber que Tony Brazil era simplesmente Antônio Carlos Jobim. E, então, explicou-se por que esse LP ficava oculto por elipse nas discografias de Jobim: porque, assim como os aviões que voam baixo não são acusados pelo radar, um disco inteiro só com canções de Mancini não teria como ser percebido pelos pesquisadores de Tom, mais habituados a trabalhar com discos contendo as canções de sua autoria.
Ficha Técnica
Gravadora: Vault, 1965
Músicos participantes:
Seja como for, seu LP com Jack Wilson continuava fora das discografias porque ninguém parecia saber o título, o nome da gravadora ou quem mais tocava nele. Mas, no inicio do ano 2000, um implacável pesquisador paulistano da bossa nova, Sérgio Ximenes, matou a charada.
Com a ajuda da americana Barbara Major , cujo site http://members.xoom.com/bjbear71/wanderley/main.html é dedicado - como o nome indica - ao organista e arranjador brasileiro Walter Wanderley (1932-1986).
Barbara pôs Ximenes em contato com um pesquisador de Mancini, Mike Newcomb, que trabalha para a Nasa no projeto Challenger.
E Newcomb, claro, tinha o disco: Brazilian Mancini, gravado em 1965 pelo obscuro selo Vault, de Los Angeles. Era Mancini em bossa nova e os músicos incluíam Jack Wilson ao piano, Roy Ayers ao vibrafone, os brasileiros Sebastião (Tião) Neto ao contrabaixo e Chico Batera à bateria - e, como "artista convidado especial", segundo a capa, um desconhecido Tony Brazil ao violão. A surpresa maior foi a de Newcomb, ao saber que Tony Brazil era simplesmente Antônio Carlos Jobim. E, então, explicou-se por que esse LP ficava oculto por elipse nas discografias de Jobim: porque, assim como os aviões que voam baixo não são acusados pelo radar, um disco inteiro só com canções de Mancini não teria como ser percebido pelos pesquisadores de Tom, mais habituados a trabalhar com discos contendo as canções de sua autoria.
Ficha Técnica
Gravadora: Vault, 1965
Músicos participantes:
Roy Ayers - vibrafone
Chico Batera - bateria
Sebastião Neto - contrabaixo
Tony Brazil - violão
Faixas:
Faixas:
Blue Satin
Days of Wine and Roses
Sally's Tomato
Softly
Lujon
Mr. Lucky
Breakfast at Tiffany's
Dear Heart
Todas as músicas compostas por Henry Mancini
.
Informações extraidos de um artigo de Ruy Castro para O Estado de S. Paulo
Leia a história completa
Todas as músicas compostas por Henry Mancini
.
Informações extraidos de um artigo de Ruy Castro para O Estado de S. Paulo
Leia a história completa
.
Mais sobre o periodo do Tom Jobim nos EUA no RF&E aqui.
Mais sobre o periodo do Tom Jobim nos EUA no RF&E aqui.
.
.
Caro Martoni
ResponderExcluirVocê me permite copiar seu post? (com o devido crédito e link para o blog).
Abraços.
Oi Heloise,
ResponderExcluirSomente agora que cheguei em casa. Bom que vc gostou do post sobre O disco secreto. Pode copiar o post para seu blog Rio em Disco.
Um abraço,
Martoni.
Ei Martoni!
ResponderExcluirque legal essa descoberta. Eu também não sabia dessa história. Muito interessante... :)