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Originalmente postado no Loronix em 17de setembro 2007.
Comentários originais incluídos.
Since the Brazilian classical singer Maria Lucia Godoy was introduced to Loronixers with O Canto da Amazonia, a tribute to Amazon Rainforest recorded in 1969, I have been receiving emails and comments requesting more music from Maria Lucia Godoy. I thought it would not be easy to find another album, but lucky has been on my side, for the happiness of our community.
This is Maria Lucia Godoy – Maria Lucia Godoy Canta Poemas de Manuel Bandeira (1968), for MIS, a tribute to Manuel Bandeira (* 1886 + 1968), a renowned writer, considered by many as the best Brazilian poet of the last century. Manuel Bandeira released more than 20 books
of poetry, translated to several languages.
Maria Lucia Godoy is backed Murillo Santos at the piano and was once again in charge of repertoire selection, featuring Manuel Bandeira poems with music by Heitor Villa Lobos, Jaime Ovalle, Francisco Mignone, Gianfrancesco Guarnieri, Lorenzo Fernandes, Jose Siqueira and Edino Krieger. She did it again, this is a very beautiful album that has something very important in common with O Canto da Amazonia; both are all about Brazil, from the start until the end.
Tracks include:
01 – Dança do Martelo (Manuel Bandeira / Villa-Lobos)
02 – Modinha (Manuel Bandeira / Villa-Lobos)
03 – O Anjo da Guarda (Manuel Bandeira / Villa-Lobos)
04 – Azulão (Manuel Bandeira / Jaime Ovalle)
05 – Modinha (Manuel Bandeira / Jaime Ovalle)
06 – Dona Janaina (Manuel Bandeira / Francisco Mignone)
07 – Pousa a Mão na Minha Testa (Manuel Bandeira / Francisco Mignone)
08 – O Menino Dorme (Manuel Bandeira / Francisco Mignone)
09 – Impossível Carinho (Manuel Bandeira / Gianfrancesco Guarnieri)
10 – Canção do Mar (Manuel Bandeira / Lorenzo Fernandez)
11 – Madrigal (Manuel Bandeira / José Siqueira)
12 – Desafio (Manuel Bandeira / Edino Krieger)
Martoni: a música 09 é do compositor Camargo Guarnieri e não do ator, dramaturgo e poeta Gianfrancesco Guarnieri (vejam os comentários).
7 Comentários originais:
Anonymous said…
Zeca, muito obrigado por disponibilizar essas maravilhas. A canção erudita brasileira é muito próxima da canção popular. Muitas pessoas não fazem idéia como são belas.
Abraço,
Hélio (blog do choro)
Monday, 17 September, 2007
pawlyshyn said…
Very nice. There’s so much to discover about Brazilian music.
Technical note: it sounds like there’s a skip in Track 8, near the beginning, around 0:14.
Tuesday, 18 September, 2007
Pop Box said…
Maravilha, Zeca!
Coloca mais discos nessa linha da poesia cantada e lida pelo autor.
Tuesday, 18 September, 2007
Hélio Tavares said…
Zeca, tudo bem?
Tenho 2 CD’s da Maria Lúcia Godoy cantando Villa-Lobos. Se você tiver interesse me avise, que quando meus discos estiverem disponíveis, ripo e te mando. Grande abraço.
Tuesday, 18 September, 2007
zecalouro said…
Amigos,
Impressionante como os posts da Maria Lucia Godoy e os clássicos em geral são celebrados. Obrigado.
pawlyshyn, I hear track 08 and you are right, there is a skip. I will make a reposting of this track tomorrow. Thanks.
Helio, tudo bem? Saiba que a torcida é grande para a volta do seu site. Fique a vontade para enviar para nós as músicas, de preferencia em formato FLAC. O pessoal está começando a gostar do formato e a Maria Lucia Godoy merece. Quando for a hora certa, te explico como fazer a coisa toda.
PopBox, seria bom contar com mais discos nessa linha, mas acredito que eles sejam poucos. Enfim, quando aparecerem serão considerados.
Abraços, zeca
Tuesday, 18 September, 2007
Anonymous said…
Prezado amigo, criamos o novo site de Maria Lúcia Godoy, e gostaria de deixar o link para os internautas visitarem:http://www.marialuciagodoy.mus.br
Grato pela atenção,
saúde e paz! William Max
Tuesday, 08 January, 2008
Bernardo said…
Zeca, o autor de uma das músicas é Camargo Guarnieri, e não Gianfrancesco Guarnieri, que era letrista. Abraços e keep up the good work.
Thursday, 15 January, 2009
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1/CARLOS DE ASSUMPÇÃO – O maior poeta negro da historia do Brasil autor do poema o PROTESTO Hino Nacional da luta da Consciência Negra Afro-brasileira, em celebração completou 87 anos de vida. CARLOS DE ASSUMPÇÃO nasceu 23 de maio de 1927 em Tiete-SP na sexta feira passada completou 87 anos de vida com sua família, amigos e nós da ORGANIZAÇÃO NEGRA NACIONAL QUILOMBO O. N. N. Q. FUNDADO 20/11/1970 (E diversas entidades e admiradores parabenizam o aniversario de 87 anos do mestre poeta negro Carlos Assumpção) tivemos a honra orgulho e satisfação de ligar para a histórica pessoa desejando felicidades, saúde e agradecer a Carlos de Assunpção pela sua obra gigante, em especial o poema o Protesto que para muitos é o maior e o mais significante poema dos afros brasileiros o Hino Nacional dos negros. “O Protesto” é o poema mais emblemático dos Afros Brasileiros e uns das América Negra, a escravidão em sua dor e as cicatrizes contemporâneas da inconsciência pragmática da alta sociedade permanente perversa no Poema “O Protesto” foi lançado 1958, na alegria do Brasil campeão de futebol, mas havia impropriedades e povo brasileiro era mal condicionado e hoje na Copa Mundial de Futebol no Brasil 2014 o poema “O Protesto” de Carlos de Assunpção está mais vivo com o povo na revolução para (Queda da Bas. Brasil.tilha) as manifestações reivindicatórias por justiça social econômica do povo brasileiro que desperta na reflexão do vivo protesto.
ResponderExcluirO mestre Milton Santos dizia os versos do Protesto e o discurso de Martin Luther King, Jr. em Washington, D.C., a capital dos Estados Unidos da América, em 28 de Agosto de 1963, após a Marcha para Washington. «I have a Dream» (Eu tenho um sonho) foram os dois maiores clamores pela liberdade, direitos, paz e justiça dos afros americanos. São centenas de jornalistas, críticos e intelectuais do Brasil e de todo mundo que elogia a (O Protesto) (Manifestação que é negra essência poderosa na transformação dos ideais do povo) obra enaltece com eloquência o divisor de águas inquestionável do racismo e cordialidade vigente do Brasil Mas a ditadura e o monopólio da mídia e manipulação das elites que dominam o Brasil censuram o poema Protesto de Carlos de Assunpção que é nosso protesto histórico e renasce e manifesta e congregam os negros e todos os oprimidos, injustiçados desta nação que faz a Copa do Mundo gastando bilhões para uma ilusão de um mês que poderá ser triste ou alegre para o povo brasileiro este mesmo que às vezes não tem ou economiza centavos para as necessidades básicas e até para sua sobrevivência e dos seus. No Brasil.
quilombonnq@bol.com.br
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ResponderExcluirPoema Protesto de Carlos de Assunpção
Mesmo que voltem as costas
Às minhas palavras de fogo
Não pararei de gritar
Não pararei
Não pararei de gritar
Senhores
Eu fui enviado ao mundo
Para protestar
Mentiras ouropéis nada
Nada me fará calar
Senhores
Atrás do muro da noite
Sem que ninguém o perceba
Muitos dos meus ancestrais
Já mortos há muito tempo
Reúnem-se em minha casa
E nos pomos a conversar
Sobre coisas amargas
Sobre grilhões e correntes
Que no passado eram visíveis
Sobre grilhões e correntes
Que no presente são invisíveis
Invisíveis mas existentes
Nos braços no pensamento
Nos passos nos sonhos na vida
De cada um dos que vivem
Juntos comigo enjeitados da Pátria
Senhores
O sangue dos meus avós
Que corre nas minhas veias
São gritos de rebeldia
Um dia talvez alguém perguntará
Comovido ante meu sofrimento
Quem é que esta gritando
Quem é que lamenta assim
Quem é
E eu responderei
Sou eu irmão
Irmão tu me desconheces
Sou eu aquele que se tornara
Vitima dos homens
Sou eu aquele que sendo homem
Foi vendido pelos homens
Em leilões em praça pública
Que foi vendido ou trocado
Como instrumento qualquer
Sou eu aquele que plantara
Os canaviais e cafezais
E os regou com suor e sangue
Aquele que sustentou
Sobre os ombros negros e fortes
O progresso do País
O que sofrera mil torturas
O que chorara inutilmente
O que dera tudo o que tinha
E hoje em dia não tem nada
Mas hoje grito não é
Pelo que já se passou
Que se passou é passado
Meu coração já perdoou
Hoje grito meu irmão
É porque depois de tudo
A justiça não chegou
Sou eu quem grita sou eu
O enganado no passado
Preterido no presente
Sou eu quem grita sou eu
Sou eu meu irmão aquele
Que viveu na prisão
Que trabalhou na prisão
Que sofreu na prisão
Para que fosse construído
O alicerce da nação
O alicerce da nação
Tem as pedras dos meus braços
Tem a cal das minhas lágrima
Por isso a nação é triste
É muito grande mas triste
É entre tanta gente triste
Irmão sou eu o mais triste
A minha história é contada
Com tintas de amargura
Um dia sob ovações e rosas de alegria
Jogaram-me de repente
Da prisão em que me achava
Para uma prisão mais ampla
Foi um cavalo de Tróia
A liberdade que me deram
Havia serpentes futuras
Sob o manto do entusiasmo
Um dia jogaram-me de repente
Como bagaços de cana
Como palhas de café
Como coisa imprestável
Que não servia mais pra nada
Um dia jogaram-me de repente
Nas sarjetas da rua do desamparo
Sob ovações e rosas de alegria
Sempre sonhara com a liberdade
Mas a liberdade que me deram
Foi mais ilusão que liberdade
Irmão sou eu quem grita
Eu tenho fortes razões
Irmão sou eu quem grita
Tenho mais necessidade
De gritar que de respirar
Mas irmão fica sabendo
Piedade não é o que eu quero
Piedade não me interessa
Os fracos pedem piedade
Eu quero coisa melhor
Eu não quero mais viver
No porão da sociedade
Não quero ser marginal
Quero entrar em toda parte
Quero ser bem recebido
Basta de humilhações
Minh'alma já está cansada
Eu quero o sol que é de todos
Ou alcanço tudo o que eu quero
Ou gritarei a noite inteira
Como gritam os vulcões
Como gritam os vendavais
Como grita o mar
E nem a morte terá força
Para me fazer calar.
Organização Negra Nacional Quilombo ONNQ 20/11/1970 –
quilombonnq@bol.com.br