sábado, 8 de dezembro de 2007

Início dos anos 60 e a popularização do termo e da BOSSA NOVA

Programa de sabado, 08 de dezembro 2007

Com a gravação do segundo LP de João Gilberto (O Amor, o Sorriso e a Flor), em 1960, e logo mais em 61 seu último LP pela ODEON (como apresentamos na semana passada). Estaria consolidado os pilares deste
movimento tão marcante e importante para nossa historia. Na época ainda não se tinha esta visão. Mas o fato é que o termo BOSSA-NOVA, passou a se tornar popular, e digamos, virou moda.

Neste início dos anos 60 se voçê folheasse uma revista com certeza iria encontrar o termo BOSSA NOVA. Foram lançados eletrodomésticos rotulados de BN, como a geladeira "Príncipe Bossa Nova" e até máquina de lavar. Tudo que fosse diferente, inovador, era BN. Até quando o Flamengo venceu o invencível Santos de Pelé, foi uma "goleada Bossa Nova", alem de sapatos, roupas, edifícios e mais uma centena de quinquilharias, tudo BN.

Wilson SimonalCom a moda "BN", não foi incomum que diversos cantores, dos mais variados gêneros, quisessem aderir ao movimento. Muitos se deram bem, outros nem tanto.

Cantores que vieram do cha-cha-chá, como Wilson Simonal, ou Alayde Costa, que cantava boleros (foi convertida por João Gilberto), Lenny Andrade, do jazz, se adaptaram bem a transição.

Nomes já famosos, e ditos precurssores do movimento, como Dick Farney, Lúcio Alves e Tito Madi, na época não se integraram diretamente, se sentiram um pouco injustiçados (mas o tempo corrigiu isso).
E como não poderia deixar de ser, apareceram em pencas adesões meramente oportunistas, dos mais variados gêneros.


Cantores de estilos muito diferentes á BN, como o operístico Agnaldo Rayol, ou Anísio Silva, foram desaconselhados a não se exporem a possíveis vexames. Carlos Imperial


Até Carlos Imperial, que na época tinha um programa na tv Tupi chamado "Clube do Rock", tentou tranformar seus pupilos em Bossanovistas (Frustrada tentativa).


Um deles inclusive, tentou sozinho mesmo. Depois de ver João Gilberto se apresentando na Boate Plaza, no Rio, ficou tão impressionado, que resolveu adotar seu estilo, e tentou por alguns anos emplacar, mas a coisa não pegou. Este rapaz compôs até uma musica que ele tentava cantar em todas as canjas da BN. Tentou, tentou, mas não pegou. Em breve este rapaz encontraria seu estilo próprio, o seu nome era Roberto Carlos. Roberto parece não gostar muito de falar sobre esta sua fase inicial, inclusive nunca autorizou o relançamento de seu primeiro disco "Louco por Voçê", que ilustra exatamente estas suas tentativas de cantar igual João Gilberto.

Tudo isso é história, estas e outras vc pode ouvir neste F&E deste sábado, e que logo vem aqui para o site. Um abraço a todos, meu e do Martoni.

Literatura indicada: "Chega de Saudade" de Ruy Castro (Companhia das letras)"



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Na seleção musical deste sabado /
Muzikale selectie van deze zaterdag:


Tom Jobim e Miucha
Dori Caymmi
Tamba Trio
Marcos Valle
Raul de Souza
Baden Powel e muito mais.......






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Aqui / hier >> - part 1 - - part 2

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